Vídeo do Arraía, assista aqui:
Um arraia rico e chique
Um arraia rico e chique
"Não me convidem para certas festas pobres". Essa
frase, baseado no primeiro verso da música Brasil do Cazuza refere - se a
alguns tipos de pobrezas em festas juninas.
Este tipo de “pobreza” a que me referi, não diz respeito as
condições econômicas, porque em alguns casos, alguma festas juninas “pobres”
até dispõem de uma boa estrutura material, fartura de comes e bebes e grandes
atrações artísticas.
A questão fundamental a que me refiro é que a alegria e o
calor humano espontâneo, sem depender do álcool e de outras substâncias
químicas, e a criatividade em especial, são fatores imprescindíveis para o
enriquecimento estético, afetivo e ético de nossas existências.
Por exemplo, se fizermos um exercício de memória
dificilmente nos lembraremos de uma festa junina da atualidade em que o cenário
e adereços não sejam baseados no mesmo padrão de outras, como as bandeirolas de
plásticos e réplicas de balões de cartolina, algumas comidas típicas misturadas
com cachorro quente, churrasco e sanduíche, refrigerante e cerveja, a bebida
que ocupa o lugar do velho e bom licor e do quentão e outras padronizações ou
descaracterizações mais.
Mas a festa em questão que participei ontem, denominada “Arraia
do Providência” é de tirar o chapéu. Muito bem organizada, sem apelações, sem
bebidas alcoólicas e cheia de crianças, jovens, adolescentes e adultos. O tipo
de festa que vale a pena fazer uma cobertura jornalística. Apresentação de duas
quadrilhas, sendo uma infantil e outra juvenil, prendeu o público na quadra do
colégio do começo até o fim.
Apresentação das quadrilhas
A quadrilha infantil foi comandada pelo puxador Gilberto e contou com a participação de alunos do Colégio, comandado pelo professor Osleydison (Maninho). Teve também como carro principal o Aluno Felipe Fernandes que era um dos noivos. Durante vinte minutos a garotada dançou, passou manteiga e experimentou o bejú, fizeram o caminho da roça e encantaram os pais presentes que foram prestigiar seus pimpolhos e pimpolhas.
Em seguida veio uma quadrilha que é de grande destaque em Miranorte e região. É a campeonissima "Caipiras do Norte" que é comandada há anos pelo gritador e artista Daniel Morais. Uma quadrilha tradicional que vem fazendo apresentações em varias cidades da região e a cada ano surpreende com coreografias inéditas e bem elaboradas. A diretora Maria Célia acertou em cheio ao convidar uma tão renomada quadrilha junina para participar do Arraia da sua escola.
Comes e bebes
Mas não é só de dança caipira que sobrevive um arraia, pois o povo que vai ali quer comer muitas guloseimas e beber muito refrigerante juntamente com quentão, que é um licor quente feito a base de gengibre. Eita que o trem é bom para garganta. O dito quentão tinha de montão, e também deliciosos pasteis, bolos comuns e bolos confeitados, canjicas e um caldo de frango delicioso feito pela tia Bení. Trabalhando na vendagem das guloseimas, estavam as professores e o pessoal do administrativo do Colégio que se revezaram durante todo o dia para darem conta de tanto atendimento. As 22hrs e 35mns acabou o Arraia e todos foram para suas casas muito contentes pela festança que promete ser melhor ainda no ano que vem.
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