Stálin Bucar diz que Freire Júnior “não é confiável” e que “não acrescenta em nada à bancada de oposição”

A notícia da saída do deputado estadual Freire Júnior (PSDB) da base aliada ao governo do Estado não foi bem recebida pelo deputado estadual Stálin Bucar (PR). Para ele, “Freire Júnior não é confiável”: “Ele [Freire Júnior] tem um problema com todos os governos em que ele é aliado. Ele não consegue ser leal. Aconteceu no governo Moisés Avelino [­­PMDB], Marcelo Miranda [PMDB] e agora no governo Siqueira Campos [PSDB]”, justificou.

Ao CT,  Freire havia declarado que suas emendas estavam “barradas” pelo governo do Estado. Ele afirmou que foi procurado pelo prefeito de Fortaleza do Tabocão, Flávio Soares (PSD), e o enviou, com seu chefe de gabinete ao sub-secretário de Relações Institucionais, Nelson Torezani, porque tinha uma emenda de R$ 40 mil para a Festa do Bonfim da cidade. Conforme Freire, o prefeito e seu chefe de Gabinete ouviram de Torezani que as emendas do deputado e de seus colegas Luana Ribeiro e Marcelo Lelis não poderiam ser liberadas. Segundo Freire, das emendas empenhadas para Tabocão, só as de Stálin e Vilmar do Detran (PMDB) seriam liberadas.

De acordo com Stálin, “não existe emenda”: “Ele [Freire] quis dizer que eu sou o ‘queridinho do governo do Estado’. Ele faltou com a verdade e com a sinceridade, que são características dele”. “Quisera eu ser queridinho desse governo para poder ajudar os municípios, resolver problemas como o problema da saúde e o das estradas”, afirmou.

As declarações do deputado ao CT também foram reforçadas por ele na tribuna da Assembleia.

Stálin afirmou que continua no grupo de oposição ao governo do Estado, e avaliou a possível ida de Freire para o grupo: “Ele não acrescenta em nada (...), precisa rever o seu comportamento. Qualquer momento que ele possa tripudiar em cima de mim, ele faz isso”, afirmou.

A opinião do deputado - que deixou o bloco de oposição no início do ano para compor o de "independentes" - é diferente da opinião de todo o grupo oposicionista. A deputada Josi Nunes (PMDB), por exemplo, nesta manhã, disse esperar a oficialização de novas adesões ao bloco, entre elas a de Freire Jr. Para ela, o debate ficará fortalecido na AL: “Não no sentido de inviabilizar o governo, mas no sentido de novas propostas serem implementadas”, explicou.

Portal CT