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sexta-feira, 21 de junho de 2013

União comunidade e prefeitura faz com que Escola Getúlio Mundim continue funcionando

Aplausos para a democracia
O prefeito Dr. Fred, acompanhado do vice-prefeito Jadson Marins, secretário da Educação, Sebastião Ferreira, assessor Júlio Cesar Karnikowski e do diretor da DRE de Miracema, professor Genes Alencar, esteve reunido com pais de alunos da Escola Municipal Getúlio Mundim de Oliveira, para resolver os problemas daquela unidade de ensino. O chefe de gabinete Roney Liberalino, os vereadores Edson Sousa, Arnaldo Barbosa, Jacó Barbosa, Weliton Sousa, Geovane Lopes, Jairo Jardim, Adriano Santiago e o presidente da Câmara Jaime Monteiro também participaram da reunião, tendo este último, usado a palavra em nome de todos os vereadores presentes.
Em sua fala, o diretor da DRE Genes Alencar, ressaltou a responsabilidade do Governo do Estado na regularização das unidades escolares, “não basta apenas oferecer um espaço físico, ter professores e merenda, é necessário que toda a documentação esteja em dia, é preciso que se tenha uma estrutura que esteja adequada aos padrões mínimos necessários para o funcionamento de uma escola”, frisou.
O secretário da Educação, professor Ferreira explicou que as ações da gestão estão embasadas nos princípios da legalidade, moralidade e honestidade, e que muitas vezes as medidas que precisam ser tomadas sob estes pilares não são bem recebidas pela comunidade. “Nós estamos aqui hoje com o objetivo de conversar com a comunidade Getúlio Mundim, todos são conhecedores da situação desta escola, nós estamos aberto ao diálogo, e acima de tudo, prezamos pela qualidade do ensino”, destacou o secretário.
Dr. Fred aproveitou a ocasião para fazer uma prestação de contas, falando das dificuldades com a queda vertiginosa dos repasses do FPM e do grande volume de débitos deixados por outras gestões. Dívidas com a Previdência Social e Instituto de Previdência Social de Miranorte (IPSM), 13º salário dos servidores do ano de 2012, Fundo Municipal de Saúde e de Assistência Social, Rede Celtins, Oi Telefonia, além de empresas prestadoras de serviço e fornecedores, que juntas somam uma quantia de aproximadamente R$ 10 milhões. Muitas destas dívidas estão transitadas em julgado, ou seja, não há como recorrer da decisão e precisam ser pagas nos prazos estipulados pela justiça. Por causa dos débitos com as previdências pública e própria, o município encontra-se impedido de firmar convênios com o Governo Federal.
Semana passada, a Secretaria da Educação emitiu um parecer onde mostrava a real situação da escola. Dentre os problemas encontrados, o mais preocupante foi a situação da água consumida, uma vez que o poço de onde é retirada, fica à 20 metros da fossa, quando, de acordo com os padrões da Vigilância Sanitária, deveria estar a pelo menos 45 metros, sendo assim, a qualidade da água fica comprometida, colocando em risco a saúde dos alunos e funcionários. “Eu não posso, na qualidade de médico, dizer que esta água está 100% adequada para o consumo”, disse o prefeito. Além disso, é consumida também, a água de um açude que fica nas proximidades da escola, onde a presença de animais é constante.
Há ainda o número limitado de alunos matriculados. Em todas as classes, o número de matrícula não atinge o previsto na normativa do Conselho Estadual da Educação.
O prefeito explicou que, após analisar os dados e contando com a experiência do secretário Ferreira e do assessor Júlio Cesar, chegou-se à conclusão de que era preciso interromper a escola temporariamente para que as mudanças fossem feitas. Como o município está em um momento de dificuldades financeiras, essas adequações aconteceriam durante o restante deste ano, enquanto os alunos seriam transferidos para uma escola na zona urbana e retornariam a Getúlio Mundim no inicio do ano letivo de 2014. Não haveria comprometimento da rotina escolar, o transporte continuaria normalmente e os alunos seriam bem assistidos.
Após a fala do prefeito, a palavra foi aberta aos pais, que deram sugestões para evitar a paralisação temporária da escola. Para tentar resolver o déficit de alunos, poderia ser feita a transferência daqueles que moram em assentamentos próximos, mas que estão frequentando escolas mais distantes, reduzindo, inclusive, a rota do transporte. A sugestão do vereador Adriano Santiago foi aceita imediatamente por todos.
Quanto ao problema da água, o prefeito lançou aos pais um desafio, de se juntarem, prefeitura e comunidade, para construírem o poço artesiano. O desafio foi aceito e aplaudido, assim, pais e demais membros da comunidade da Bacaba, executivo e vereadores, assumiram o compromisso de levantar recursos para a construção do poço, contribuindo da forma que puderem, seja com doações emdinheiro, gado ou trabalho braçal. Uma comissão foi formada, com a finalidade de arrecadar e fiscalizar a obra, que acontecerá durante as férias de julho. Nesse período também, o prédio da escola passará por pequenos reparos.
Uma nova história está sendo escrita na Escola Getúlio Mundim, mostrando que a parceria entre comunidade e Governo de Miranorte é o melhor caminho para resolver os problemas, de forma pacífica e democrática. A liderança do Dr. Fred mostrou que “fazendo assim, nem a crise resiste”, arrematou um dos pais.

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